PretaLab + Aerolito
Promover a diversidade nas tecnologias com um olhar atento para o fortalecimento das mulheres negras é a missão da PretaLab.
Há um tempo estamos dialogando e ajudando empresas e organizações de diferentes portes, a fim de colaborar na solução de dois problemas que para nós são centrais na construção de uma sociedade mais justa: o baixo índice de empregabilidade das mulheres negras e a falta de diversidade nos times. Entendemos que diversidade não vem pronta e, para isso, é necessário investimento na criação de políticas e processos e, principalmente, no fomento à mudança de cultura e mentalidade da porta para dentro das empresas.
Nos últimos dias, colaboramos junto à Aerolito — laboratório/empresa de futurismo — na construção de um processo intencional para a contratação de uma Pesquisadora de Futurismo. A vaga é exclusiva para mulheres negras. Acreditamos que processos seletivos intencionais são uma forma de, ativamente, acelerar e evoluir a diversidade nas equipes. Essa parceria se baseia na construção da diversidade como elemento central da empresa e em como podemos lidar com os desafios de forma continuada, valorizando a pluralidade de visões.
A Aerolito é uma empresa de Futurismo. Eles ajudam lideranças e empresas a entenderem a postura digital/pós-digital e os impactos das novas tecnologias na vida das pessoas através de reports, consultorias, cursos presenciais/online/in-company e de projetos de aprendizagem viva. É uma mistura de escola, consultoria, empresa de pesquisa e laboratório. Um dos espaços mais do interessantes para quem quer trabalhar com as tendências futuristas.
Você pode se candidatar, saber mais sobre o processo seletivo e conhecer melhor a Aerolito em: https://medium.com/aerolito.
Há três anos, a PretaLab surgia como um levantamento que mostrava ser urgente o debate sobre representatividade no universo da tecnologia e inovação. O estudo, realizado com mais de 600 mulheres negras, trazia entrevistas, vídeos e dados que apontavam que falar de raça e gênero na tecnologia é necessário para a criação de uma sociedade mais justa. Desde então, criamos pontes, redes e conversas; participamos, organizamos eventos e falamos sobre a urgência e necessidade de incluir mulheres negras no campo das tecnologias e da inovação em mais de 10 países. Entendemos, hoje, que esse debate ainda é necessário. Talvez mais do que nunca.
Desde 2017, percebemos um movimento grande — de diferentes iniciativas, projetos e organizações — que começaram a olhar para a questão racial e de gênero nas tecnologias e entendemos a importância de trazer cada vez mais esse olhar interseccional para o centro das discussões. Ao mesmo tempo, recebemos muitas mensagens de empresas interessadas em aumentar a diversidades nas equipes e levar mulheres negras para os seus times. Nesse cenário, se, por um lado, as mulheres negras ocupam as posições mais precárias do mercado de trabalho no país, por outro lado, os profissionais do ramo de tecnologia — majoritariamente homens, brancos e jovens — não conseguem preencher todas as vagas de um setor que promete revolucionar a forma de trabalho do país nos próximos anos.
Decidimos, então, lançar dois projetos importantes na PretaLab: a plataforma que reúne perfis de mulheres negras profissionais de tecnologia, no nosso site, onde mulheres negras que trabalham com tecnologia podem se cadastrar, conhecer outras mulheres da rede e gerar maior visibilidade para o trabalho delas. E a pesquisa Quem Coda BR, que revela a percepção sobre diversidade que os profissionais de tecnologia têm no país e como a diversidade está inserida nas equipes técnicas das empresas.
Durante esses anos de PretaLab, reforçamos o entendimento de que a falta de representatividade e equidade é um problema para o ecossistema de tecnologia e inovação. Nesse cenário, percebemos a importância de fazer diálogos mais construtivos e estratégicos com empresas e outros tipo de organizações. Sabemos o quanto a diversidade pode impactar e melhorar serviços e produtos e, ao mesmo tempo, o quanto esse pode ser um espaço para mulheres negras. Com elas, buscamos construir um caminho de cada vez mais abertura e capacitação, para que mais oportunidades sejam criadas dentro esse universo tão potente e transformador. Vamos juntas e juntos.
